A DIVERSIDADE E A UNIDADE DE DEUS
Síntese: O homem procura
algo que lhe seja superior e que possa lhe servir de referencia de vida e
defesa ante a morte e as procura em manifestações sobrenaturais. Nestas
manifestações estão as diversas faces de Deus.
Comentário:
O homem foi criado para viver em
paz, no Paraíso. Enganado pela sua vontade ele erra e passa a viver na condição
animal, dominado pelos instintos, competindo pela sobrevivência. E em
consequência disto, vem o sofrimento.
Se chamarmos o jeito de viver de “modo existencial”, podemos dizer que
existem os modos: perfeito, puro, inteligente, irracional e treva. No modo
perfeito só encontramos Deus, que por ser perfeito, domina todos os outros
modos, mas sua intensidade diminui a medida que desce para modos inferiores e
as pessoas passam a ignorá-lo cada vez mais, na mesma proporção. Por permear e
sustentar todos os modos, Ele tem o poder de regenerar as criaturas que neles
existem, por isto Ele é dito “o Todo Poderoso”.
A maioria dos homens vive de
acordo com seu conhecimento (e ignorância) de Deus, podendo evoluir ou
regredir, de acordo com seu procedimento, sendo cada um responsável pela
escolha do (seu) caminho a seguir. Esta escolha está presente em cada ato de
nossa vida. Resumindo; por termos a liberdade de escolha podemos passar pelos
modos existenciais, evoluindo ou regredindo, de acordo com nossa vontade e modo
de vida.
Cada modo de existência tem uma
visão diferente de Deus, de acordo com o jeito de viver e da religião (contato
com Deus) de cada um; o que pode parecer que cada pessoa tem um deus diferente
do deus do outro, mas o que se tem são pontos de vista diferentes de um mesmo
deus, já que estão em modos de vida diferentes. Aqueles que estão no mesmo modo
de vida, tem visão de Deus semelhantes. Partindo deste princípio, podemos
estudar a diversidade com que Deus se apresenta aos homens.
Nos primórdios da raça humana, o
homem convivia com macacos (modo irracional) a ponto de ser confundido com
eles. Nestes tempos o homem era todo animal e não pensava em Deus. O homem começou a
sentir a presença de Deus na natureza e começou a “pensar”. E evoluiu
intelectualmente. Confundia Deus com a natureza e surgiram os primeiros deuses.
Um homem chamado Abraão,
observando a vida nas terras áridas, percebeu como ela (a vida) era importante.
Após uma chuva temporã, nos locais onde só havia cascalho, brotavam ervas que
logo frutificavam. Os frutos amadureciam, as ervas morriam e as sementes eram
espalhadas pelo vento, para nascer na próxima chuva. Assim se mantinha a vida,
a cada chuva tudo se repetia. Abraão viu a obra de Deus e entendeu que Deus era
Poderoso para fazer surgir a vida do nada; da chuva e do cascalho, fazia nascer
uma planta. Percebeu que Deus criava e mantinha todas as coisas, sempre se
repetindo, sem se cansar, sempre da mesma forma, dando a vida e renovando as
coisas pacientemente. Percebeu que havia uma lei que era rigorosamente
cumprida, a “vontade de Deus”. E assim Deus se revelou a Abraão e a nós.
Os povos antigos personificavam e
adoravam os fenômenos naturais, especial mente a fertilidade e a sobrevivência
Mas estes nada mais são que dons de Deus que é bom e misericordioso. Embora nós
fugimos dele, Ele nos sustenta assim mesmo, com a fertilidade da terra e as
colheitas.
Outras faces de Deus muito
importantes, devem ser mencionadas, tal como, “santo”, que nos perdoa e é
incapaz de nos maltratar. Quando nos corrige, faz com amor, ensinando e não
castigando (ao contrário do que se diz). É “eterno”, não depende do tempo, nem
de nada, não tem dias, noites, passado, futuro. Por ser eterno está sempre
presente, com a sus vontade (leis da natureza e da santidade). Por estar sempre
presente, ele é amor. E por estar presente e nos amar, compreende nossa
fraqueza e quer nos reconquistar e nos dá de novo o “paraíso”, que é o
sustento, a saúde e a alegria. Muitas pessoas não conseguem entender a simplicidade
da presença de Deus e não o aceitam e se afastam dele. Aliás, o procura através
de intermediários (mitos, fantasias, mistérios, crenças, superstições), que são
verdadeiros obstáculos entre elas e Deus.
Deus
é grandioso sob todos os aspectos, tão grande que não podemos vê-lo nem
senti-lo no seu todo, temos que segmentá-lo para entendê-lo, por partes, dando
a impressão de ser um Ser múltiplo. Estes segmentos precisam ser remontados
para entender melhor Deus. É como quando se fala com alguém, você olha nos
olhos e vê seu rosto, mas não vê os pés ou as mãos, isto não significa que a
pessoa é só rosto ou que não tenha pés e mãos, você é que não consegue vê-la
totalmente por causa da limitação do campo de visão. Assim é quando tratamos
com Deus, podemos experimentá-lo de vários modos diferentes, mas é um único
Ser.
AS
FACES DE DEUS
Síntese:
Só podemos perceber Deus por partes e que devem ser consideradas suas “faces”.
Comentário:
Há sete Espíritos que são as
faces de Deus, a saber:
1) Senhor dos Exércitos / Sabaote
(Tsevaoth) / Deus Todo Poderoso / El Shaddai / Deus Onipotente / El Elyon /
Deus Altíssimo / El Olam / Deus Eterno.
2) Senhor Nossa Bandeira /
Comunidade / Vitória pela União /
Nissi / Shammah
3)
Senhor Meu Pastor / Deus Onipresente / Raah / El-Roi / Adonai
3) Senhor Nossa Justiça / Salvação /
Tsidkenu /.Osenu / Elohim
Yishenu / Melquisedeque
5)
Senhor da Paz / Shalon
6)
Senhor Provedor / Providência / Jiré
7)
Senhor que Cura / Restauração / Rafa / Rofeka
Os
sete Espíritos são invocados na oração do Pai Nosso.
Pai Nosso que está no
céu........Senhor-Javé
Santificado seja vosso
nome.....Senhor-Santo
Venha a nós o vosso
reino......Senhor-da-Paz
Seja feita a vossa
vontade....Senhor-Justiça
O pão nosso nos dai hoje.....Senhor-Provedor
Perdoe nossas
ofensas............Senhor-Cura
Não nos deixe cair em tentação.....Sr-Pastor
Mas livra-nos do
mal...Senhor-Nossa-Bandeira
SENHOR
Síntese:
Só há um Deus (Pai) e só um Senhor (Jesus).
Comentário:
O nome de Deus é “EU SOU O QUE SOU”
(JHWH), traduzido como Javé, Ehieh ou Jeová. Minha sugestão é que a tradução
fosse, “ESTOU SENDO (SEMPRE), O QUE SOU”, o que definiria melhor o nome de
Deus. Em ESTOU SENDO,
contém o sentido da ação contínua através da sua vontade (leis naturais) para
sustentação e recriação das coisas. Veja que tudo na natureza se regenera,
sempre. Em SEMPRE, temos garantia que a sua vontade será realizada corretamente
no tempo exato e sem falha, como algo eterno, justo e perfeito. Em O QUE SOU, o sentido de
SER, de substancia, de conteúdo que preenche tudo, segundo sua ordem (leis
naturais).
Os israelitas do Velho
Testamento, chamavam-no de SENHOR (Adonai), pois era proibido falar o seu nome
JAVE, para não correr o risco de desrespeitar o segundo mandamento. A palavra
Senhor tem o sentido humano de dono de tudo e que todos estão a seu serviço e
para servi-lo. No Novo Testamento, o tratamento Senhor passou a ser dado (por
Javé) a Jesus, pois Ele foi o “enviado” (Cristo) para ser mestre, ensinar e dar
exemplo da vontade de Deus.
DEUS
VIVO
Síntese:
Deus nos dá a vida, nos faz respirar e pulsar nosso coração. Faz também a foto
síntese das plantas, move as moléculas e os átomos das substâncias e mantém os
astros em suas órbitas no espaço “vazio”.
Comentário:
Deus é o Espírito perfeito. Por
ser espírito é imaterial, adimensional e sem forma. Mas quando olhamos para as
coisas que existem podemos senti-lo. Vemos seu poder de criar e manter as
coisas, podemos investigar e descobrir as leis que as criaram e as mantém.
Observamos que algumas coisas são ínfimas, outras gigantescas, mas todas tem
muita ciência e servem para mostrar o poder de Deus. Como tudo está na medida
certa e em equilíbrio, sentimos sua perfeição. Estes sentimentos nos “eleva”
(acima de nós) a origem das coisas. Quando olhamos os detalhes da arquitetura e
construção das obras de engenharia do homem, percebemos a diversidade e riqueza
de conhecimento que elas tem e tudo é copiado da natureza. A natureza é a
vontade de Deus; é o arquivo da vontade de Deus. Cada detalhe na natureza
representa uma ciência muito grande. E tudo se move e “funciona”. Veja uma
rocha, estática aos nossos olhos, mas tem milhões de átomos se movendo sem
parar, sempre na mesma ordem, sempre a mesma lei, cumprida com justiça e
perfeição. Quem movimenta o átomo? A energia? Quem botou a quantidade de
energia certa, para que o elétron navegue sempre na mesma órbita e ser “aquela”
substância e não outra? Lembre-se que a órbita é micrométrica! Porque o átomo
não se rebela e de átomo de barro se torna átomo de ouro? Quem o controla para
não sair da órbita? Isso nos mostra que Deus é vivo, presente nas coisas,
através de sua vontade (palavra, ordem ou lei) e promove os movimentos físicos
e químicos, numa rotina cheia de vida e ciência, incansável, maravilhosa e eterna.
Quando olhamos para nós, nossa
existência, nossos pensamentos, sentimos Deus (e ele está dentro de nós),
companheiro inseparável, administrando todo o nosso ser. Nos dando a vida e a
saúde com justiça, conforme fomos projetados e feitos. É Deus presente, Deus
amor, Emanuel, Espírito de vida, vivo em nós.
AMOR
Síntese:
O amor é querer estar sempre junto de quem se ama.
Comentário:
Amar é querer estar sempre junto de
quem se ama gozando as coisas boas e compreendendo as desagradáveis, com
paciência. No amor puro tudo é agradável. Quando dizemos que Deus nos ama,
queremos dizer que ele está sempre conosco nos guiando e protegendo.
No grego antigo o amor podia ser
expresso de quatro formas: Eros (apego,
paixão, atração), Storgos (afeto, amizade), Filia (fraternidade,
companheirismo) e Ágape (misericórdia, caridade, amor de Deus). Então quando
falamos em amor nos referimos a misericórdia.
O amor de Deus (misericórdia e
caridade) é paciente, compreensivo, fiel, santo, alegre, quer sempre o nosso
bem, nos socorre e ampara. A caridade é um sentimento que embriaga de forma tão
aprazível, trazendo paz, alegria e liberdade. A liberdade nos faz nos
desprender de nós mesmos e das coisas a que estamos apegados. A pessoa torna-se
mais paciente, capaz de tolerar e perdoar, nas situações mais difíceis.
ANJOS
Síntese:
Os anjos são mensagens especiais de Deus para nós.
Comentários:
A palavra anjo significa mensageiro
de Deus, o que dá a entender que é um ser mas o “ser” anjo é a personalização
da mensagem.
Deus é amor e está sempre
conosco, não se separa de nós e ao mesmo tempo está em todos os lugares, mas
nós nem nos damos contas disso, estamos sempre concentrados e interessados em
outras coisas, como ganhar dinheiro, se divertir, etc. Apesar de Deus estar
conosco, nós não estamos com Ele e Ele não consegue se comunicar conosco. Então
Ele usa “seus anjos” para nos enviar mensagens e após cumprir sua missão estes
se dissipam.
A
VERDADE
Síntese:
A verdade (absoluta) é a vontade de Deus.
Comentário:
A verdade absoluta é a vontade de
Deus. A vontade de Deus se encontra nas leis da natureza (na criação) como nas
leis da física, química, biologia, meteorologia, geologia, etc que formam a
natureza. Estas leis tiveram que ser definidas, antes de tudo existisse e
representa a vontade de Deus.
Deus não tem “tempo”, é eterno;
nem tem divisão é uma unidade. Da existência material é que surgiu o tempo e a
individualidade e leva a matéria ao desgaste e a divisão e causa de sua
degradação.
A verdade pessoal é a “nossa”
verdade. É a visão que cada um tem de Deus e da criação. Ela sofre influência
do tempo, do meio ambiente e dos esforços e dramas pessoais. A verdade (pessoal)
é EU SOU O QUE ACHO QUE SOU, é a realidade de cada um; é uma visão de baixo
para cima ou do homem para Deus. A realidade é falsa pois cada um tem sua
versão e além disso ela muda a cada instante, uma hora é uma coisa depois passa
a ser outra. Este é o principio da lei de Lavoisier e da lei do nascer e
morrer. Nasce-se uma coisa; morre, vira outra coisa. Mas morrer e nascer é o
que fazemos a cada instante, enquanto crescemos e envelhecemos. A cada instante
somos uma nova pessoa, diferente da anterior, em psique (alma) e matéria. A
realidade é: que todas as coisas se deterioram a cada instante devido ao tempo
e a individualidade.
Se observarmos a natureza,
podemos conhecer alguma coisa de Deus.
Podemos observá-la de dois modos: “do homem para Deus” ou “de baixo para
cima” ou do “fim para o princípio” ou “da diversidade para a unidade” e do modo
“de Deus para o homem”. O primeiro é mais difícil, porque partimos da
diversidade de ciências e não descobrimos Deus. Quando observamos do modo “ de
Deus para o homem” ou “de cima para baixo” ou “do princípio para o fim” ou “da
unidade para a diversidade”, se torna mais fácil, porque partimos da unidade e
origem, que é Deus, e daí podemos seguir por qualquer ciência e buscar seus
conhecimentos específicos e correlatos. E de ciência em ciência podemos conhecer
suas leis e melhor Deus.
A visão de baixo é a visão da
realidade. Muito comum aos homens, inclusive filósofos e cientistas. É uma
visão fragmentada da verdade, cheia de deformações, que levam a conclusões
falsas. A visão de cima é a verdade. A verdade é única, não há diversidade de
verdades, assim ela pode ser obtida montando o grande quebra cabeça, gerado
pela diversidade de ciências, fundindo e simplificando-se ao máximo o
conhecimento existente, restringindo-os as parte comuns entre si, eliminando-se
as diferenças.
Há quatro caminhos para os que
estudam e procuram a Verdade: a filosofia, a igreja, a religião (as escrituras)
e o científico. Destes só as escrituras tem a visão de cima para baixo.
Para ilustrar os pontos de
vistas, vamos analisar “a tabuada”. Um filósofo diria que é uma tabulação de
uma lei natural, criada e usada pelos antigos. Já um religioso diria que é uma
vontade de Deus e que Este a revelou a um profeta, para auxiliar no
desenvolvimento da humanidade. A igreja diria que é inspiração divina que foi
transmitida e compilada pela tradição, sem a qual não existiria, que deve ser
obedecida fielmente sem questionamento, pois quem assim não fizer irá sofrer na
vida futura. O cientista diria que é a base aritmética de todo o conhecimento
científico, que foi criado por um cientista de alguma grande universidade após
pesquisa de milhões de dólares. Aplicada no inicio ao controle de carneiros dos
pastores e que a partir daí inventou os algarismos, as operações e as
expressões aritméticas.
Analisando as quatro opiniões no
modo “de cima para baixo”, extraimos o que há de comum entre elas, diremos
que 1) Os quatro estão certos enquanto
aceitam e usam a tabuada como um padrão. 2) Os quatro estão errados nas suas
diferenças.
E a verdade seria, que a tabuada
é uma tabulação de uma lei natural, criada na simplicidade dos pastores para
contar e controlar as ovelhas, como é uma lei natural, representa a vontade de
Deus e a existência da tabulação, grafia e operações surgiram de forma
gradativa por inspiração de Deus a várias pessoas que a aperfeiçoaram até Ter a
forma atual. Até os dias de hoje, pessoas são inspiradas por Deus para
desvendar seus mistérios e ciência, criando operações matemáticas cada vez mais
complexas, mas que só existem devido a um padrão inicial que é a tabuada. Assim
o uso da base decimal facilitou o desenvolvimento das quatro operações
aritméticas que hoje, é ensinado nas escolas como um “dogma científico” e não
como uma ciência de Deus.
Conclui-se que na procura do
conhecimento, devemos ser simples e obstinados a achar o princípio das coisas,
ou seja, a inspiração divina, sem preconceitos (por parte do cientista) e sem
superstições (por parte do religioso), que são as diferenças.
COMO
O HOMEM IMAGINA DEUS
Síntese:
O homem quer humanizar Deus para se tornar deus e não se assumir errante.
Comentário:
O homem entende as coisas sob o
ponto de vista do “dualismo”, bem e mal, amor e ódio, etc . Assim ele vê Deus e
diabo como opostos, Deus pelo bem e o diabo pelo mal. Mas o dualismo não é uma
boa maneira de se conhecer Deus porque o diabo não é o oposto de Deus e sim o
acusador do homem, junto a Deus.
Na oração o homem fala com Deus.
Durante vários minutos, somos capazes de ficar frente a frente com Deus,
adorá-lo, confessar nosso amor, pecados, pedir perdão, referenciar Vossa
Majestade, etc até que nosso coração se esvazie e falte palavras. A partir
deste instante a presença de Deus, começa a pesar, não sabemos o que fazer e
deixamos de ficar a vontade, na oração. Daí devemos permanecer concentrado, em
silêncio por algum tempo, aguardando alguma expressão de Deus para conosco;
depois ler e meditar trechos das escrituras ou cantar hinos e salmos.
Recitar mecanicamente orações
decoradas e oferecer orações a santos e ídolos, nos afasta de Deus. Nas orações
oferecidas nos concentramos e adoramos aquele que as recebe, assim o tratamos
como um deus (ídolo).
A falta de oração e elevação do
pensamento nos faz fugir da presença de Deus. Como crianças rebeldes, voltamos
a fazer as coisas conforme nossa vontade. Passamos a dar mais prioridade as
tarefas diárias que a oração. Este comportamento de fuga, exige de Deus muita
bondade, compreensão e paciência para nos suportar com mansidão e amor.
Todos nós reconhecemos o poder e a
perfeição de Deus, mas ao mesmo tempo o invejamos. Em nosso egoísmo queremos
ser o centro das coisas e Deus se torna um intruso, atrapalhando nossos planos
e ainda por cima, quer mandar em nossas vidas (!). O nosso egoísmo não aceita
que exista alguém melhor que nós e quando estamos na presença de Deus vemos que
não somos nada, somos pó. Isto é difícil de aceitar. Com o orgulho ferido, enchemo-nos
de convencimento e auto suficiência, fugimos para viver no nosso mundo de
sombras onde nossa pequena luz possa ser notada. No mundo dos homens nossa luz
pode ser o máximo, mas perto de Deus ela desaparece. Então é melhor nos afastar
de Deus para que nosso brilho apareça.
Por outro lado, a medida que vamos
conhecendo Deus, nós permitimos que se gere o “Cristo” aos poucos, dentro de
nós. Temos que cuidar para não gerar um deus estranho (ídolo) dentro de nós.
Porque se gera o Cristo dentro de nós, algumas pessoas dizem que Deus é uma
criação do homem, o que não é verdade pois o Cristo foi gerado por Deus dentro
de nós.
E
DEUS EXISTE ?
Síntese:
Deus é o espírito (o que faz pensar na) da perfeição.
Comentário
1:
Deus é um espírito e como tal não
tem matéria, nem energia. É uma Unidade, não pode ser decomposto. É simples,
não é formado de partes. É único, ocupa todos os espaços. Não é solitário, pois
está em tudo e tudo o acompanha. Não é sentimental pois não sente, nem
emocional, pois é razão.
Pela razão humana, estas
características de Deus, significam que Deus é “nada”, ou seja não existe. Daí
muitas pessoas dizem que Deus não existe. De fato, sob o aspecto material Deus
não existe, pois para existir deveria ter matéria, mas Deus é espírito. Deus
não tem matéria alguma, muito menos cérebro e nem depende dela para existir.
Acreditar na existência de Deus depende de sentí-lo, e isto se faz pela
observação da natureza, pois Ele é espírito e se revela e se manifesta nas
coisas e pessoas, podendo ser percebido através dos nossos sentidos. Você
acredita em Deus porque você O sente, parece “vivo”. Se não for assim o deus
que você crê é um ídolo, fruto do sentimentalismo e emoção.
Segue alguns exercícios para meditar
e sentir Deus.
Você quer alguma coisa mais
simples que um “ponto”? Mesmo muito simples ele é muito importante, porque ele
é um “fundamento”, é a origem de toda a geometria, nele está toda a ciência da
geometria, sem ele, ela não existiria. A geometria está para o ponto, assim
como o natureza está para Deus, porque ambos são origem. E tem mais, quanto
mais aprendemos geometria, mais nos afastamos do ponto. E o homem, quanto mais
aprende na vida, mais se afasta de Deus.
O matemático não criou o ponto,
nem a geometria, mas observando a natureza descobriu estas formas, pois todas
as formas já existem na natureza e vem a inteligência de Deus. Umas já foram
descobertas, outras ainda não. O homem deve entender que todas as coisas
existem na natureza, o que nós precisamos é de descobri-las e para isso devemos
contar a sorte (ou uma ajuda de Deus). As coisas mais científicas, todos os
princípios da física, matemática, etc, que existem foram descobertas e não
inventadas. Aquele que acha que o homem cria um deus para si, deve entender que
cada um pode descobrir Deus escondido dentro de si, assim como o ponto está
escondido nas formas geométricas.
O homem feito a semelhança de
Deus, pode criar e julgar as coisas, pode aceitar Deus ou não. Aquele que o
aceita e vive em concordância (comunhão) com seu espírito (de Deus), forma com
tudo o que há no universo, o “corpo de Deus”, sua morada (de Deus). Isto deve
ser bem entendido, pois não estou afirmando que o homem ou alguma criatura é,
ou pode ser, um deus. Os povos antigos é que pensavam assim. Mas eu quero
afirmar que qualquer criatura, animal, vegetal, mineral ou sideral, tem em si a
ciência de Deus que lhe projetou, criou e sustenta. E o homem em especial por
ter inteligência, pode receber Deus e deixá-lo habitar em si.
Note que as características de deus
(definidas pelo homem) são: a unidade e a simplicidade absolutas, isto “define”
um ser incompreensível, que nenhuma palavra pode ser dita ou escrita a
respeito. Como o homem pode estudar, conhecer ou divulgar Deus, se nada pode
ser falado ou escrito sem se desviar da sua perfeição? Então precisamos aceitar
o erro para alcançarmos algum conhecimento mesmo que imperfeito, que é melhor
do que nada.
Tendo em vista que podemos errar,
na intenção de diminuir o erro, me arrisco a dizer que Deus é uma unidade
simples, inexistente para a realidade do homem (verdade relativa). Mas que é
missão do homem procurar a verdade (absoluta) encontrando nela Deus. A
realidade é para o homem animal, que é incapaz de usar a inteligência para
entender a sua origem. A Verdade é para o homem pensante que busca o conhecimento
de sua origem.
Deus é a origem, o principio
científico e o objetivo das coisas. Para entender o objetivo das coisas,
devemos analisar cada coisa e nela descobrir seu princípio de funcionamento.
Teremos uma infinidade de coisas e criaturas a estudar, pois a nossa realidade
é uma decomposição da origem. O mistério é que de uma origem única e simples,
saem múltiplas e complexas formas.
Conclusão: Como num efeito zoom,
a medida que nos afastamos de Deus, nos tornamos mais diferente e menos identificado
com ele, surgindo multiplicidade de formas e ciências. A medida que nos
aproximamos de Deus há uma limpeza (purificação) das formas e ciências, fusão
das essências até atingir se uma única ciência que é Deus.
Na linguagem técnica. Se
comprimirmos todos os elétrons eliminando seu espaço interno, teremos sua
anulação pois a carga positiva anularia a negativa e a matéria “desapareceria”
e assim se fizermos o mesmo com o universo, a matéria desapareceria e só
restaria o princípio potencial de todas as coisas, que é Deus. Este princípio
potencial, chamamos de ciência (conhecimento, lei). Existe também um princípio
ativo que chamamos de espírito, que faz com que uma ciência se materialize
(isto é criação). Não quero aqui demonstrar a teoria do “big bang”, (que no princípio
o nada explodiu, numa combinação de potência e ação), mas o inverso; que da
diversidade podemos imaginar a unidade, porque Deus é sempre ativo, está sempre
criando e mantendo a criação, bem pertinho e dentro de nós.
No homem a presença de Deus se
faz também pela “moral”, que auxilia na escolha do caminho a seguir (a moral
não é para julgar os outros mas a si). A moral nos leva a pensar coletivamente,
no todo e assim nos aproxima de Deus, enquanto que pensar no bem individual
(egoísmo) nos afasta.
Na linguagem religiosa. Deus está
sempre perto de nós porque nos ama. Se nos aproximamos de Deus nos
santificamos, nos purificamos, caminhamos para a luz e para a vida eterna (de
paz). Se nos afastamos, nos separamos, nos enganamos pois quem se afasta da Verdade,
segue a mentira; pecamos. O conhecimento de Deus está no que ele fala ou seja,
em sua “palavra”, verbo. E o mensageiro enviado (Cristo) para nos ensinar o
caminho e dar o exemplo de como se vive a vontade de Deus, foi Jesus. O
espírito ensina esta vontade, nos move, nos leva agir, conforme esta vontade;
ilumina o Caminho aos nossos pés, nos guia nele, como um pastor leva suas
ovelhas.
A divisão nos afasta de Deus,
logo toda causa de divisão é tendenciosa, mentirosa e má e o pensamento que nos
leva a divisão é inspirado por um espírito de mentira, de engano de erro (diabo,
satanás, etc). As causas das separações e divisões são: o egoísmo,
individualismo, arrogância, autoritarismo, soberba, inveja, auto suficiência,
impaciência, etc. Se o afastamento for uma ação continuada, ele nos levará a
extinção. Já as causas da união são: amor, perdão, paciência, auto controle,
mansidão, humildade, simplicidade, etc que nos leva ao crescimento.
Isto não quer dizer que há dois
poderes bem e mal, mas que há uma falta de capacidade de entendimento do homem,
em relação a Deus. A bipolarização é entre o homem e Deus e o erro do homem é
que o empurra para longe de Deus.
Só existe uma verdade que é Deus,
todas as outras milhares de verdades que compõe a realidade, são interpretações
adaptadas da verdade absoluta; portanto falsas ou mentirosas.
Comentário
2:
A partir do modo “de cima para
baixo”, o método científico mais simples, para análise de qualquer coisa é o
5W1H, (do inglês: o que?, quem?, quando?, porque?, onde? E como?). Aplique-o na
sua análise, da natureza, do universo e da Terra e descobrirá Deus. Pois se a
natureza tem uma razão e lógica, esta vem de Deus, seu projetista, arquiteto,
engenheiro e operário.
POLITEÍSMO X
MONOTEÍSMO
Síntese:
Há vários “deuses” mas só um é o verdadeiro. Então só há um Deus.
Comentário:
Quando começamos a entender a
vida, fazemos de forma politeísta, para cada situação temos uma solução ideal
de acordo com nosso pensamento. O espírito que no momento nos inspira estas
soluções é o nosso “deus”, que nos dá a segurança e confiança necessárias para
passar por aquela situação. Resumindo, os diversos deuses que podem ocorrer em
nossas vidas, são o dinheiro, família, amizades, comidas, bebidas, trabalho,
namoro, vícios, posses, automóvel, sexo e até mesmo uma igreja,.
A cada ação corresponde uma
reação e esta pode ser de afirmação, negação, indiferença, não percepção. E
cada reação tem seu caráter, de bem, mal, vingança, neurose, etc. O caráter da
reação vem de um espirito que depende do seu deus do momento. Para o Deus
verdadeiro, a reação será sempre de caráter “bem” (bondade, luz, vida, amor,
clareza, perdão, etc), independendo do caráter da ação.
A
LINGUAGEM ( E CIÊNCIA) DE DEUS
Síntese:
A ciência de Deus é a mais complexa de todas as ciências e isto reflete na Sua
linguagem.
Comentário
1:
Deus se expressa de uma forma muito
simples, que a razão do homem não entende. Quando querem falar de Deus, os
homens usam de parábolas, fábulas, alegorias e assim qualquer pessoa entenderá
e assimilará o conhecimento conforme sua capacidade intelectual. Por isto
devemos ter muito cuidado com as interpretações destas, pois cada um entende de
acordo com sua capacidade, as vezes convergente, outras completamente
divergente.
Por exemplo. Todos sabemos o que é
“nascer do sol”. Mas ao dizer “Nascer do Sol.”, estamos afirmando que o Sol tem
mãe? Que existe uma maternidade de sóis? Que ele morre? Etc
Comentário
2:
A linguagem de Deus serve para
expressar a sua vontade, ou seja as leis de construção de todas as coisas, pois
cada coisa tem sua lei e tecnologia. Então podemos classificar a vontade de
Deus, em leis:
a)Lei natural – ou ciências
naturais, decorrentes da observação da natureza. Por ex.: física, química,
matemática, medicina, engenharia, etc
b) Lei social – ou ciências sociais,
decorrentes da observação do comportamento do homem e dos animais.
1-Dos
animais – a vontade de Deus para os animais está expressa em sua genética e em
seus instintos.
2-Dos
vegetais – está expressa em sua genética
3-Dos
minerais – está expressa em seus átomos.
4-Do
homem – a vontade do homem está
expressa em sua genética, seus instintos e no seu uso, mas prevalece o uso que
se faz destas leis. A vontade de Deus para o homem se expressa na capacidade de
compreender as coisas, de se libertar dos seus instintos e desejos, na
confiança em Deus e na capacidade de viver uma vida virtuosa a semelhança de
Deus.
ORAÇÃO:
. Meu Deus tenha pena de mim, perdoe
meus pecados, transforme meu coração e faça-me temente ao Senhor. Não deixe eu
me afastar de Ti, pois mesmo não agindo de forma reta, reconheço que o Senhor é
meu Deus, Único e Verdadeiro, Poderoso, Santo e Perfeito e que para me atrair
para Ti, usa de mansidão, paciência, simplicidade, humildade, misericórdia,
alegria, amor, bondade. Adia para o mais tarde possível a sua justiça, pois
quer meu arrependimento para me perdoar. Sei que as vezes, sou ingrato e infiel
e peço que me perdoe. Tire a infidelidade e a ingratidão, do meu coração,
arranque até as raízes mais profundas, pois é triste e vergonhoso ser ingrato
com o Senhor, que me sustenta, me mantém vivo e me dá saúde e vida. Sou
rebelde, pecador e ingrato, ínfimo e me acho grande e “Senhor” de mim. Mas sou
mesmo cheio de arrogância, auto suficiência, convencido e afastado de Ti. Não
permita que isto aconteça, perdoe-me e tire de mim toda vaidade, arrogância,
orgulho, auto suficiência, convencimento, egoísmo. Transforma-me e me faça
temente e grato ao Senhor. Retifique e aplaine minha vida, para que ela seja
como o caminho do Senhor e nela o Senhor possa se manifestar, como Senhor e
Dono. Não deixe me afastar de Ti. Não olhe para minha culpa para me castigar,
mas para me modificar. Revele-me e me ensine a corrigir estas falhas, pois é o
Senhor minha única esperança de mudar. O Senhor é que é meu mestre, guia e
pastor. Confio na Sua misericórdia e peço que me guie, pelo caminho Cristo que
leva ao Senhor, iluminado pelo seu Espírito, onde encontro a paz, a alegria, o
amor verdadeiro, a segurança, a união, a vida, a saúde, a força para viver, a
salvação de todo perigo e perdição. O Senhor é o socorro e refúgio em todos os
nossos dias. Através dos ensinamentos de Jesus Cristo, o Senhor. Amem.
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