quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Conclusão


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  CONCLUSÃO:

Síntese: Tudo o que existe tem vida e a existência é a prova da vida. A vida é o “movimento” do que existe. Se origina numa fonte (de vida) contínua, infinita, que lhe imprime uma lei que lhe especifica. E a vida consiste em se mover conforme esta lei. A vida é a realidade enquanto a origem é a Verdade, Deus; o movimento é dado pelo Espírito de Deus e a lei que lhe identifica, vem do conhecimento (vontade ou palavra) de Deus.

COMENTÁRIOS
Comentário 1:
A Realidade, a Verdade e o Conhecimento
            A existência tem dois lados, que são: a realidade e a verdade. A realidade não é a verdade e vice-versa e ambas são faces da existência. A realidade é composta de tudo o que se move; é movimento, transformação e vida, consequentemente ela é de natureza material ou existencial. Já a Verdade são as leis; fixas, eternas e imutáveis, sob as quais as coisas são criadas e mantidas, que podemos chamar de “conhecimento” de Deus e são de natureza espiritual. Estudando a natureza, o homem descobriu várias leis. Classificou-as como física, química, biologia, matemática, etc, e passaram a formar o “conhecimento” humano. Logo o conhecimento humano são fragmentos do verdadeiro conhecimento.

Comentário 2:
A Religião
            A maior parte das leis da criação (verdade) é desconhecida e a curiosidade natural do homem , leva-o a querer explicá-las através do que vê (realidade) e estuda. Ao conjunto de conclusões observadas e estudadas chamamos de “conhecimento” do homem. Existem muitas lacunas no conhecimento do homem as quais são preenchidas com superstições. Entre elas está a  “religião”, através da qual o homem procura fazer a conexão da realidade com a verdade e explicar o desconhecido. Se a religião se apoiar em superstição ou rituais, ela se torna falsa e não cumpre sua função, pois a verdadeira religião deve procurar a origem e o destino das coisas, para atingir a verdade, que é Deus.

Comentário 3:
Os 2 sentidos do caminho.
            A medida em que a ciência humana avança, a religião recua, até que se esclareça (revele) o conjunto de leis da criação. Para isto o homem precisa organizar seu conhecimento. Novas  “ciências” passam a existir e evoluir, se tornam complexas e terminam afastando o homem da Verdade (Deus). Isto é um paradoxo, já que o homem procura se aproximar da Verdade. Este é um dos sentidos de trânsito na estrada do conhecimento.
 Chamamos de “análise”, caminho de baixo para cima,  ou seja do homem para a Verdade (Deus). Mas como quanto mais se descobre mais tem para se descobrir (paradoxo citado no parágrafo anterior). Precisa se especializar, fragmentando o conhecimento e com isto perdendo a visão geral da verdade, como num labirinto, termina se perdendo e se contradizendo. Podemos comparar este paradoxo a lenda da “Torre de Babel”.  Quanto mais se especializa num ramo da ciência, mais se conhece a realidade e mais se afasta da Verdade.
            Para conhecer a Verdade, devemos tomar o segundo sentido de trânsito na estrada do conhecimento. Seria o contrário a “análise”, ou seja a “síntese”. Após fragmentar o conhecimento em ciências específicas, façamos a recomposição das mesmas por aquilo que elas tem de comum. E assim sucessivamente até que a síntese final de todas as ciências tende a ser a Verdade.

Comentário 4:
Deus: pela prática da análise e síntese.

- Da observação da natureza criou-se a física, esta se dividiu e dividiu e por fim a física mecânica foi dividida em :
            Estática: estudo das forças potenciais e inertes.
            Cinemática: estudo dos movimentos do corpo sem massa.
            Dinâmica: estudo da ação das forças e movimentos no corpo com massa.

- Aplicando as mesmas leis ao homem, teremos
            A forca equivale ao corpo inerte.
            O movimento equivale ao impulso capacitando o corpo inerte a mover-se.
            A ação equivale ao corpo se movendo, autônomo com vida.

            O que será o “impulso do movimento” no homem, aquilo que o impulsiona que o faz viver ? De onde vem ? Se ele for tirado o homem cai e a vida desaparece. O “movimento” nas plantas, animais, minerais e no homem é algo único, síntese de toda a existência. É a síntese que procuramos, é a Verdade ou no mínimo a chave para a Verdade.
            O “impulso do movimento” é imaterial (de ordem metafísica), podemos chamá-lo de “espírito”, sua origem está em Deus (é Dom de Deus), que é o que cria e mantém viva as criaturas, sustentando-as, cada qual em suas leis específicas. Que maravilha é Deus !

Comentário 5:
O homem
            Pelo exposto, podemos melhorar o conhecimento do que é o homem. O corpo é potência, capaz de grandes exercícios. Está no campo material. O “impulso do movimento” não é material, é metafísico, e o chamaremos de espírito. O espírito atuando sobre o corpo, faz com que ele se mova, segundo suas características (personalidade), surge o homem propriamente dito, completo, com vida, que chamaremos de alma.
            O corpo do homem inerte, quando soprado pelo Espírito (de Deus), toma fôlego, torna-se um ser vivo, alma vivente. Concluímos que o homem ou alma, é o resultado da fusão do corpo material com o espírito imaterial. E que alma é o mesmo que indivíduo, pessoa, personalidade, ser pensante, etc

Comentário 6:
Deus
            Somos a imagem e semelhança de Deus. Assim: sua potência é seu conhecimento (ciência, palavra, logos). O “movimento” é o Espírito (Santo de Deus). A criação é resultante da fusão da potência e ação. Como estas características estão sempre presentes em Deus e são eternas, então a cada instante temos a criação (de coisas novas) e sustentação das coisas existentes.
  
Comentário 7
Os dois caminhos

            Na vida recebemos impulsos de vontade própria, cada um tem sua época e duração para ocorrer, aos quais devemos resistir até que passe sua fase, a partir de então não ocorrerá mais e nos livramos dele. E outro impulso novo surgirá, mesmo que tenhamos ou não resistido ao anterior e assim sempre. Tornamos nos escravos dos impulsos que não resistirmos, pois ele se repetirá. A cada impulso resistido, novos impulsos surgirão, mas em outro padrão, como novo caminho que se abre para nós. Se negarmos todos os impulsos que se apresentarem, viveremos na negação de si e abriremos caminhos em direção a liberdade e a paz. Uma vez resistido a um impulso, dificilmente ele voltará a nos tentar, mas podemos trazê-lo de volta, fazendo-o reviver, o que significaria uma volta ao caminho anterior e para nos libertar novamente, teremos que lutar mais que da primeira batalha. O caminho largo é cheio de “coisas” (impulsos) enquanto o caminho reto é um atalho saindo do caminho largo, é estreito e imperceptível por quem passa distraído pelo caminho largo.

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