quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O 11º Mandamento


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  O 11º  MANDAMENTO

Síntese: Amai-vos uns aos outros.
Comentário:
            As pessoas estão sempre querendo alguma coisa, quando a obtém, não dão mais valor e passam a querer outra coisa. E assim sucessivamente, num ciclo interminável. Sentem-se frustradas pois não se satisfazem, não sabem o que querem e o que lhes falta. No fundo a necessidade inconsciente das pessoas, é que precisamos de Deus. Procuram nas ciências, matemática, física, literatura, medicina, etc. Quanto mais difícil, melhor, pois podem se mostrar inteligente e assim vai “vencer na vida”. Mas o homem precisa conhecer a vontade de Deus, que é “amai-vos uns aos outros” e praticá-la através da misericórdia, paciência, perdão, compreensão e bondade. Amar o próximo é:
Dizer e fazer as coisas para o “bem comum” conscientemente; pensando antes de agir. Fazer o que é bem, da melhor maneira; com atenção, capricho e cuidado. Ser amigável e doce.
Quando ajudar alguém, não achar que está sendo enganado por esta pessoa ou que está perdendo alguma coisa. E se estiver sendo enganado, não se ofender, nem desistir. Corrigir a situação, sem vingança.
Tratar todos como sendo mais importantes que você, mesmo que aparentemente não sejam. Usar a educação e a civilidade em casa, na rua, em todos os locais. Comportar-se como manda a boa educação, com os mais velhos, mulheres e crianças.
Tratar da higiene pessoal e saúde, mesmo em situações difíceis. Observar seu modo de vestir, falar, sentar, andar, etc., independente da moda.
Comportar-se com civilidade. Cumprir seus deveres. Respeitar, mesmo sendo desrespeitado. Observar o que é proibido, o que é autorizado, a saúde pública (lixo, animais, silêncio, etc)
Respeitar as autoridades, mesmo que elas não sejam dignas.
AS NECESSIDADES DO HOMEM:
Síntese: A ocupação e a preocupação diária, nos faz esquecer de Deus, deixando vazio o seu lugar em nosso coração.
Comentário:
            Devemos evitar a preocupação, pois como o nome diz é uma ocupação antecipada. Devemos aguardar a hora para nos ocuparmos. O homem gosta de valorizar suas ocupações (e problemas) e negligencia as coisas de Deus. Para dar o devido valor a cada ocupação, priorizando as coisas de Deus, o homem, precisa:

1-    ENCONTRAR-SE- Porque as coisas do mundo, confundi o homem, que termina criando problemas para si e para os outros.
2-    REFLETIR- Faz o homem conhecer-se e provar que se conhece, com atitudes e responsabilidade.
3-    ENCONTRAR DEUS- Ao começar a se conhecer, o homem descobre dentro de si as leis que o ajudará a distinguir o certo do errado. Para compreender melhor estas leis deve estudar os ensinamentos de Deus.
4-    RECONCILIAR-SE- Ao aplicar o conhecimento do certo e do errado, devemos respeitar as pessoas e cuidando para não se achar o “sabe tudo”.
5-    AMAR AO PRÓXIMO- Procurar primeiramente, amar a Deus, fazendo as coisas conforme a vontade de Deus; em consequência estará amando o próximo, com respeito e paciência.


REINO
Síntese: O reino de Deus é o estado de paz, onde há descanso para o espírito, cessando os pensamento. Participar do Reino é viver a vida eterna.
Comentário:
Quem procura a conversão não desiste enquanto não a atinge de modo satisfatório. A partir daí, procura se aperfeiçoar sentindo prazer neste exercício. Terá uma visão do Reino de Deus. Logo alcançará a paz e o repouso no Reino. Encontrará sua Terra Prometida, seu lugar de repouso, seu sétimo dia. Então não sofrerá mais as tribulações, ou seja, as preocupações diárias, causadas pela vida material. Pela fé é guiado por Deus, atingi um alto grau de eficiência espiritual e a conseqüente salvação das coisas do mundo. A perfeição de todas as coisas se atinge pelo exercício da fé.
Os estados de vida são: céus, terra e inferno. Os céus compõe-se do Altíssimo (lugar de Deus) e do reino (céu), que é o estado reservado aos homens separados pela salvação, onde podem viver suas vidas plenamente com valores éticos e virtuosos. A terra é o estado da vida animal onde se vive pelos instintos. O inferno é o lugar onde não há vida, onde as pessoas apesar de vivas estão mortas, no sentido de viverem uma vida falsa e artificial que não é a dela.
O homem está no estágio mais elevado do reino animal, na transição entre o animal e o divino, entre a terra e o céu; na natureza divina (racional) ele alcança o céu, na humana ele alcança a terra e na irracional (instintiva), ele alcança o inferno.


A VIDA ETERNA
Síntese: A vida eterna é viver na maturidade (plenitude) da vontade de Deus, nesta vida.
Comentário:
A criança é o centro das atenções devido aos cuidados que necessita. Seu subconsciente estando limpo (puro) registra tudo o que lhe acontece, afetos e desafetos, os quais influenciarão na formação da personalidade. A primeira fase é a do autoritarismo infantil que mais tarde juntamente com os afetos e desafetos formarão o egoísmo e o individualismo. Estes se manifestam nas formas das três tentações sofridas por Jesus no deserto. Que são: “eu sou melhor que os outros” (querer) , “tudo é para mim” (ter) , “todos devem servir me”(poder).
Deus nos criou puro e reto como Ele, para vivermos a vida eterna em seu Reino, mas nós nos desviamos, devido a formação inadequada de nossa personalidade, causada pelos instintos. Preferimos a nossa vontade e a realidade da vida, ao invés da vontade de Deus e da vida Verdadeira. Temos que mudar (converter) nosso pensamento e voltarmos para a vontade de Deus. A vida eterna é viver (nesta vida terrena) sob a vontade de Deus e sob seu domínio (Reino), é um modo de vida estável e perfeito que não pode ser melhorado nem alterado, sob todos os aspectos, tanto no relacionamento social como ecológico. Este estado de maturidade não se sujeita mais ao tempo, pois seus padrões são “eternos” ou seja, não sofrem mudança, pois atingiram a perfeição no modo de viver. Contém as características boas da vida jovem, madura e velhice; entre os jovens é jovem sem no entanto ser imaturo, entre os velhos é sábio sem no entanto ser desatualizado. Sempre em paz, completo e de nada sente falta, com alegria interior, puro por opção não por ingenuidade, fraternal, sempre disponível a ajudar. Suas características comportamental são: simplicidade, humildade, inocência, pureza, alegria, satisfação, esperança, compreensão, paciência, renúncia, paz, enfim todos os frutos do Espírito Santo.
Ensina-se que a vida eterna é uma forma de vida após a morte mas não é. Ela é uma forma de vida diferente da vivida pelo homem natural. O homem natural vive por instinto como animal, a vida eterna é um modo de vida fundamentado na razão e lógica do conhecimento de Deus. Deve ser procurada e vivida enquanto temos consciência e conquistá-la através da transformação pela razão e orientação espiritual de Deus. Ensina-se também que não vai se morrer mais, o que é um engano, morreremos obviamente, mas a morte não tem importância, devido ao desapego as coisas materiais e a paz que já se tem em vida.
Gostaria de esclarecer outros conceitos “pejorativos” de algumas virtudes, como segue: humildade não é baixa estima. Inocência e pureza não pela falta de conhecimento das impurezas, ao contrário, conhecendo-se as impurezas, optar pela pureza, conhecendo a maldade e abusos, optar pela bondade e inocência.
Numa linguagem religiosa, digo que os ensinamentos de Jesus são a Vontade (Palavra) de Deus, eterna, que não muda, independente do tempo que vivemos e da realidade atual , é o modo de viver a vida eterna. A opção de viver sob a vontade de Deus é feita purificando sentimentos e comportamentos. Ex. o amor deve ser transformado em misericórdia, o ódio em perdão, a tristeza em alegria, os maus pensamentos em bons, etc. A medida em que os sentimentos são transformados fortalecem-se as virtudes, você se torna outra pessoa, mais alegre, saudável, disposta, em paz, com menos problemas, confusões, medos, dores, etc, vivendo as belezas da vida eterna, que é o céu aqui na Terra.
A vida eterna é a garantia dada por Deus que se vivermos daquela forma, a vida não será extinta da face da Terra e do Universo. Caso contrário, se Deus fosse desprezado, a humanidade se auto destruiria em pouco tempo, pois o individualismo nos leva a divisão, ao enfraquecimento, a disputa, a violência e a destruição. Na vida eterna estamos em comunhão, todos com único pensamento,  um só espírito, que é a essência da vida, não havendo individualidade nem egoísmo. Devemos viver procurando atingir a vida eterna, em união, na comunidade, nas ações e no pensamento, como um mesmo espírito, valorizando mais as coisas comuns, renunciando e desprezando os valores individuais. O corpo somos nós, o espírito deve ser o de Deus, através dos ensinamentos de Jesus.
A eternidade é o lugar onde não existe a dimensão “tempo” o que quer dizer que, materialmente a eternidade não existe. Como se chegar a um lugar imaterial, inexistente ? Posso explicar. Quando negamos nossa existência, não vivendo a nossa vontade mas a vontade de Deus, como ensina Jesus; mesmo que seja por segundos, deixamos de existir (lembra-se: “penso logo existo” se não penso, não existo); e estamos na eternidade onde apenas SOMOS. O pensamento do homem é a maior prova de que o homem existe. Deixar de pensar individualmente é deixar de existir individualmente e passar a SER na eternidade. Quando pensamos em Deus, simultaneamente com outras pessoas, estamos em comunhão (com Deus e elas)  e vivendo a vida eterna. Por isto, exercite-se na oração, ao invés de ficar pensando e fazendo coisas pessoais.
O Reino de Deus, a Vida eterna, a paz, o paraíso, a ausência de pensamento e ausência individual, são sinônimos expressam o mesmo estado de ser.
A experiência humana mais próxima da Paz ou ausência de pensamento é a infância. Quanto mais criança, menos consciente da existência se tem e mais perfeito somos. Por isto precisamos nascer de novo, como Jesus disse a Nicodemos. Ser crianças eternamente pois delas é o Reino dos céus. Muitas pessoas maduras querem ser jovens, procuram o rejuvenescimento do corpo, mas deveriam procuram o rejuvenescimento no espírito, precisam encontrar a paz.
A paz consiste em “não existir” e só quando morremos, a encontramos plenamente.


O PARAÍSO NA TERRA
Síntese: Deus colocou o homem no paraíso, compete a nós descobri-lo (o paraíso).
Comentário:
            O paraíso está aqui na Terra. A condição para se viver o paraíso aqui na Terra é que a pessoa faça a vontade de Deus, esteja “morta” para as coisas do mundo. Como estamos “vivos” é muito difícil ficarmos “morto” para as coisa do mundo. Nos momentos que se está “morto” para a vida, estamos vivos para Deus, na vida eterna, no reino ou no paraíso. Quando se volta para a vida do mundo, se foge do paraíso e se afasta de Deus. Quando se alterna a vida no paraíso e na Terra, corre-se o risco de se achar “especial” e querer fazer a sua vontade. Neste caso, deve-se cuidar da fé, ser mais fiel e justo, aceitar as correções vinda de Deus, pois Ele estará te depurando, como se depura o ouro mais fino, Ele te guia e te livra do erro. A paciência  é a ciência da paz verdadeira, eterna. Aquela que suporta todo mal, esperando que ele passe ( pois o que é imperfeito, passa). A paciência vence o mal pela espera e é a prova que temos da vida eterna.


JUÍZO FINAL
Síntese: O dia do juízo final é o dia que se passa a viver no reino de Deus. Quando se é julgado e separado para uma vida de acordo com a vontade de Deus.
Comentário:
A tendência social é a formação de grupos com a mesma linha de pensamento, um mesmo espírito as uni e formam um corpo que é seu grupo. Assim se agrupam pessoas boas, as estudiosas, os artistas, profissionais, religiosos, etc, também  maldosos, assassinos, viciados, brutos, etc, cada em seu grupo. Cada grupo terá seus méritos e deméritos, suas bênçãos e castigos específicos. Apenas os Justos não terão castigo, já que não terão deméritos. Ou melhor nas suas escolhas não optaram por ações que prejudicasse alguém, logo como conseqüência de suas boas escolhas terão bons retornos.


O SOFRIMENTO DOS JUSTOS
Síntese: As opções de vida de algumas pessoas, podem significar o sofrimento outras pessoas que nada tem a ver com isto.
Comentário 1:
É comum encontrar uma pessoa boa que vive sofrendo. Como não há ninguém “bom”, o sofrimento quase sempre vem das nossas escolhas. Mas é bastante comum, por ser o homem natural regido pelos instintos, entre eles “lei do mais forte”, certamente pessoas boas sofrerão as conseqüências dos erros destes “fortes”.

Comentário 2:
O sofrimento do injusto é explicado pela sua injustiça, que lhe traz a infelicidade. Mas como explicar o sofrimento do “justo”? O sofrimento do justo pode significar que ele está sendo usado como modelo, para a conversão de outros.
Mas o maior sofrimento do justo é conviver com a injustiça, do bom é conviver com o mau, do honesto é conviver com o desonesto, do simples é conviver com o arrogante e soberbo, do sábio é conviver com o tolo e imprudente, etc  Mas Jesus recomenda, que quando sofremos as injustiças, devemos perdoar 70 vezes 7 vezes nossos ofensores e tratá-los com compreensão e bondade. Ensinou-nos: “Amai-vos uns aos outros” .” Amai aos que te odeiam.” “ Quando lhes baterem, dê também a outra face.”

Devemos imitar o Cristo, nosso modelo. E como imitadores de Cristo, devemos também servir de modelo para os que nos odeiam, quem os sabe vivendo tal situação possam Ter consciência e se converter ao perceber que o sofredor dá sinais de paz e tranqüilidade, apesar das injustiças e que perdoando com amor  e paciência a vida é mais fácil de ser vivida.

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